Como melhorar a experiência dos deficientes visuais ao pegar o transporte público em dias de chuva?
O PROBLEMA
A equipe recebeu o seguinte desafio: como nós podemos melhorar a experiência dos deficientes visuais ao pegar transporte público em dias de chuva. E para abordar esse desafio utilizamos o método do duplo diamante.
MEU PAPEL
Como integrante da equipe, eu tive papel ativo em todas as etapas do processo, desde a pesquisa, definição, ideação e também na prototípação em baixa e alta fidelidade.
DUPLO DIAMANTE

DESCOBRIR
Para chegar a uma solução para o problema proposto, nossa equipe teve um grande desafio inicial, que foi entender a fundo como é o dia a dia dos deficientes visuais e suas principais dores. Para isso nós estabelecemos o seguinte objetivo para nossa pesquisa: Investigar qual é a experiência atual dos deficientes visuais ao utilizar transporte público.
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Desk Research
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Entrevista em profundidade
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Questionário online
- CENÁRIO -
6,5
milhões de pessoas com
deficiência visual no Brasil
345
mil pessoas na capital
de São Paulo
Fonte: IBGE
Você diria que a acessibilidade a/ao (ITEM) é ótima, boa, regular, ruim ou péssima?

Fonte: Pesquisa IBOPE
Pesquisa realizada com 800 entrevistados na cidade de São Paulo
- PESQUISA COM O USUÁRIO -
53
respostas
redes socias
5
entrevistas
telefone/whatsapp
/presencial
3
respostas
google forms
Para mim, o pior é a qualidade das calçadas. São tão irregulares que até os cães-guia se desorientam.
"Não é sempre que tem pessoas no ponto dispostas
a me ajudar"
"Nunca tenho certeza se estou na direção correta"
"Evito ônibus pela insegurança de esquecerem de me avisar quando preciso descer"
"Sempre tem carros nas guias rebaixadas e faixas de pedestres"
DEFINIR
Após a pesquisa e diante de um infinidade de problemas e dores identificados, construimos um mindmap para organizar e categorizar tudo o que descobrimos. Ficou claro
que o acesso aos ônibus é o que possui a pior acessibilidade, juntamente com ruas e calçadas.
- MINDMAP -

- PERSONAS -
Pudemos também identificar 3 personas distintas que nos ajudariam a embasar as decisões nas próximas etapas do projeto.
A Ana é um jovem estudante que nasceu com deficiência visual. Ela é muito ativa, gosta de estar com os amigos e sua maior frustração é ter que sempre pedir ajuda quando precisa pegar o ônibus.
Perdeu a visão ao 15 anos. No início, foi muito difícil para ela, tinha vergonha e medo de sair de casa. Depois que teve aulas de Orientação e Mobilidade, Helena voltou a estudar e se formou em Contabilidade.
Sempre foi baixa visão e aprendeu desde cedo a ser independente, porém aos 22 perdeu totalmente a visão. Hoje ele gosta muito de ajudar a comunidade de D.V. Utiliza o metrô para ir até o trabalho, mas gostaria de usar mais ônibus.
- JORNADA DO USUÁRIO-

A jornada nos permitiu mapear as principais dores e com isso definir o objetivo do nosso usuário.
OBJETIVO DO USUÁRIO
Se locomover pela cidade com mais segurança e independência
{
{
IDEAÇÃO
Todo o processo de pesquisa e definição nos levou a focar a solução em 3 pontos, que teriam o objetivo de dar mais autonomia para o deficiente visual utilizar o transporte público sem precisar pedir ajuda de outras pessoas.
CHEGAR NO PONTO COM SEGURANÇA
IDENTIFICAR O ÔNIBUS QUE ESTÁ NO PONTO
AVISAR QUANDO ESTÁ NA HORA DE DESCER
Além de técnicas, como brainstorm, crazy 8's prototipação rápida, coletamos também insights vindos dos futuros usuários da nossa solução.




- PROTÓTIPO BAIXA FIDELIDADE-
"A questão de usar o som é delicado, tenham cuidado com o uso de leitor de tela que já existe e que já estamos acostumados"
"Se puderem adicionar comando de voz para não precisarmos tirar tanto o aparelho do bolso, melhor."

- PROTÓTIPO ALTA FIDELIDADE-
PROTÓTIPO DE
ALTA FIDELIDADE
A solução proposta é o JOURNEY.
Um aplicativo de navegação que tem como objetivo ser um guia para os deficientes visuais (cegos e baixa visão) se locomoverem pela cidade.
User Interface
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interface acessível para uso do leitor de tela
-
comando de voz
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paleta de cores c/ contraste adequado
-
fontes c/ tamanho adequado


OI, EU SOU A
JOY!
A assistente virtual do Journey encontra o melhor caminho para chegar ao destino desejado, levando em consideração a previsão do tempo, e acompanha todo o trajeto, indicando o ponto mais próximo, quando o ônibus chega ao ponto e quando é hora de desembarcar.
Além disso ela dá alertas de obstáculos no caminho que podem dificultar a passagem do deficiente visual (buracos na calçada, por exemplo) e avisa quando vai chover.
Dê play no video ao lado para conhecer a Joy! >>

- PERSPECTIVAS-
Idealizamos algumas features a serem implementadas após o MVP.

Wearable

Sensor na bengala

Mapa de obstáculos colaborativo
